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O ciclismo de montanha pode parecer um desporto diferente em diferentes terrenos, mas qualquer que seja o ambiente está tudo ligado a uma bicicleta e um ciclista. Progrides e avanças à medida que o ambiente muda. Com a Versa, o objetivo era simples: maximizar a diversidade de paisagens em que podes conduzir a tua bicicleta, visual e geologicamente, numa viagem de 10 dias pela British Columbia. Juntamente com Joel Ducrot nesta missão estavam Peter Wojnar e Margus Riga. Se há alguém que possa ficar feliz a transportar bicicletas e câmaras pesadas montanhas acima, são certamente eles.

Na maioria das vezes, se perguntarmos ao Joel o que tem feito, ele dirá que tem estado a fazer biscates. Poderei argumentar que o que ele está realmente a fazer e o que o filme Versa faz é trazer o romantismo de volta ao ciclismo de montanha. Não se trata de amor, embora também haja algum envolvido nisto. Não se trata de um cavaleiro numa missão, embora também tenha algo disso. Trata-se de fazer aquele esforço extra para aprender algo mais sobre nós próprios e sobre a paisagem à nossa volta – e encontrar a beleza que ela contém. E andar em terrenos de loucos também, claro.

GRANITO

Joel tinha visto algumas das fotos surreais de Reuben Krabbe desta zona. Dois ciclistas do tamanho de formigas impressos numa página dupla, rodeados por uma enorme laje de rocha a preencher toda a imagem. A gigantesca escala fez com que ele se questionasse. Essa curiosidade também acabou por fazer com que ele, Woj e Riga levassem as suas bicicletas e se preparassem para aquela longa e atroz abordagem — assim que a encontraram. “Pedalar numa lage daquele tamanho é super desorientador porque não existem árvores ou enquadramentos de referência. Quando a superfície onde se pode pedalar tem algumas centenas de metros de largura e não se consegue ver muito a partir do topo, é realmente importante apontar para a tonalidade certa da rocha”. Sentiu-se como o que ele imagina ser esquiar uma grande montanha — orientando-se por pontos de referência vagos que só tinha visto de um ponto de vista totalmente diferente.

DESERTO

Enquanto o granito parece que está a cair para longe, a lama vulcânica cozida pelo sol do deserto interior agarra-nos. Por uma razão ou outra, Joel nunca antes tinha conseguido chegar ao rancho de ciclismo Kamloops. Kamloops tem sido uma peça fundamental no movimento de freeride da British Columbia desde há anos, com as suas bermas, grandes saltos e paisagem do deserto. O rancho é basicamente um bikepark público, feito pela comunidade de ciclistas e dedicado a eles, com o apoio da cidade. Todos adoramos uma curva bem construída e, à falta de árvores e rochas, com a incrível terra batida, os feiticeiros do trilho de Kamloops esculpiram alguns trilhos fantásticos de mármore ao longo dos anos. É muito simples: quanto mais rápido fores, mais te deitas nas curvas.

ALPINO

Como estão as coisas, é preciso conhecer um tipo para poder pedalar pela área das Minas do Paraíso nas montanhas de Purcell. O pessoal encontrou José Tomás Letelier Prieto, o tal tipo, da mesma forma de sempre. Ele e o Woj tinham andado os dois a dormir debaixo dos carros na Canadian Enduro Series. José está agora a construir trilhos em Toby Creek para, eventualmente, abrir um serviço de shuttle para o parque de ciclismo. Pode ver-se e sentir-se a história da exploração mineira naquela zona, com restos de maquinaria a fazer lembrar algumas das outras formas como as pessoas interagiram com esta terra. A técnica preferida de contrução de trilho do José, quando não está a esculpir um percurso imaculado, é limpar as antigas margens das estradas das minas – e depois conduzir ao longo delas.

Construtor de trilhos e mestre de freeride, o Jose também é um conhecedor de cascalho. Com enormes declives alpinos estriados por cima e os frisos de pinheiros por baixo, não é difícil encontrar melhor que esta zona se procuras alto contraste visual, e terreno que nunca mais acaba. Graças a alguém que conhece a área como ninguém, Joel, Woj e Riga conseguiram aproveitar a experiência ao máximo.

FLORESTA TROPICAL

Mesmo 25 anos depois dos filmes North Shore Extreme e de muita engenharia de bicicletas, continua a ser um lugar desafiante para andar. Repleto de relíquias da acrobacia dos tempos dos travões cantilever que se assemelham a algo mais próximo de uma experiência física, pode sentir-se a energia de quando andavam apenas a construir coisas estranhas na floresta e a divertir-se. Esse espírito está vivo e recomenda-se com uma próspera construção de trilhos e uma comunidade de ciclismo que mantém forte o núcleo do ciclismo de montanha. Quando não estão apenas a percorrer linhas de freeride ou a transportar bicicletas através da vegetação para zonas técnicas naturais, são construtores de trilhos que estão realmente a trabalhar no terreno para impulsionar o ciclismo de montanha em novas direções.

Conclusão

Contraste e diversidade no ciclismo é o que tem mantido Joel interessado no ciclismo de montanha durante toda a sua vida e foi o que tentou obter nesta viagem. Cada local tem o seu próprio apelo e também os próprios desafios. Quer sejam cinco horas de caminhadas de bicicleta, licenças de filmagem ou horas de condução, compensa sempre de uma forma ou de outra. Independentemente de quantas horas se gastam a olhar para mapas e a percorrer a internet, as coisas parecem sempre um pouco diferentes daquilo que se vê num pequeno monitor de computador. Basta um bom olhar para o outro lado da crista da montanha para manter a lista de desejos a crescer. Esta viagem reuniu alguma combinação do irracional, do imaginativo e do visionário de uma forma que realmente faz com que se compreenda porque é que as pessoas adoram andar de bicicleta – e como é que se continua a fazê-las reunirem-se para algo que não faz sentido, mas também faz mais sentido do que talvez qualquer coisa.

Atleta, Diretor, Produtor
Joel Ducrot
DOP, Diretor, Editor, Colorista
Peter Wojnar
Fotógrafo
Margus Riga
Fotógrafo Kamloops
Aeden Skinner
Copywriter
Grace Grim
Design de som
Ridgeline Sound
Música
The Mystery Lights, What Happens When You Turn The Devil Down
Agradecimentos a
Jose the Legend, Toby Creek Adventures, Ted Morton, Mike McPherson, Reuben Krabbe, Trailbuilders worldwide