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Já imaginaste qual o aspecto de uma bicicleta preparada de forma perfeita para uma prova por etapas? Com o final da primeira prova da Taça UCI Mountain Bike XC e a lendária prova por etapas Cape Epic a aproximar-se, o mecânico da SCOTT-SRAM’s Yanick-the-Mechanic trabalha na novas Bicicletas do Nino Schurter’, as SCOTT Spark RC 900, e explica qual a diferença entre uma preparação para uma prova de XCO e uma prova por etapas. Mas primeiro,’ vamos tentar perceber o que separa os dois formatos de corrida e quais os desafios que os atletas vão enfrentar nas respectivas disciplinas.


1. Cross Country Racing

BTT Cross Country, também conhecido por XCO, é uma disciplina onde um atleta individual compete contra outros atletas num percurso fechado, com distâncias entre 4 e 10km, um determinado número de voltas. O XCO é o formato usado nos Olímpicos, Taças do Mundo, Campeonato do Mundo, Continental e Nacionais. Desde 1996 que o XCO é uma modalidade Olímpica, quando estreou em Atlanta. XCO, por ser disputado numa série de voltas curtas, torna-se muito apetecível para o espectador em casa e no local.

É semelhante à Formula 1, com zonas técnicas/alimentação onde mecânicos e ajudantes podem assistir com reparações e tratar dos reabastecimentos dos atletas. O tipo de suporte mais comum é a troca de roda depois de um furo, colocar uma corrente nova, um desviador traseiro ou um espigão de selim devido a um selim partido numa queda. A única coisa que não se pode trocar é o quadro.


2. Um Típico Circuito XC

Um percurso de XC não pode ter mais de 15% de asfalto, sendo o restante terreno feito de gravilha, terra, pedra, com zonas técnicas de subida e descida. As zonas mais espetaculares das provas de XC são os rockgardens, com muitas linhas para os atletas escolherem. São nestas zonas que canais como a Red Bull TV captam a inegável habilidade, resistência, perseverança e atleticismo, em conjunto com as qualidades técnicas das suas bicicletas. A provas de XCO costumam durar cerca de 1h30, tanto para os Elites Masculinos como para os Femininos.


3. Competir por Etapas

As provas por etapas normalmente duram entre 3 e 9 dias. O Cape Epic tem etapas entre 40km e 110km - a mais longa permitida seria de 160km na disciplina de XCM, mas em África, as altas temperaturas tornariam essa distância muito perigosa. A participação pode ser individual, por equipas de 2 a 6 atletas, masculinos, femininos ou mistos e com categorias de idade. O Cape Epic, que a equipa formada por Nino Schurter e Matthias Stirnemann venceu em 2017, é uma corrida feita para duplas. Tem zonas técnicas e de abastecimento, mas os mecânicos não podem intervir, ou seja, os atletas têm de fazer as suas próprias reparações.


4. O Percurso do Cape Epic

Dos declives majestosos da Table Mountain passando pela magnífica Grand Finale no Val de Vie Estate na região Oeste do Cabo com a adição de um contra-relógio maníaco pelo meio - as etapas do Absa Cape Epic de 2018 são equilibradas, ousadas e indomáveis.

O prólogo começa na icónica Table Mountain, e dá início ao 2018 Absa Cape Epic, que passa por Robertson, Worcester e Wellington, acabando no Val de Vie Estate em Paarl-Franschoek. Os atletas vão passar 3 noites em Robertson para as primeira 3 etapas, com a transição para Worcester, onde ficam uma noite antes de se estabelecerem em Wellington até à grande Final no Val de Vie.

Com uma distância total de 658km e 13 530m de acumulado positivo que incluem 4 dias consecutivos com distâncias totais acima de 100km, passando por secções técnicas Land Rover Technical em todos os dias. A etapa final é tudo menos fácil e mantém o instinto competitivo de todos a 100% com a re-introdução de um contra-relógio na quinta etapa, que pode marcar a classificação dos elites.

Para quebrar com a tradição, a última etapa do Epic também não será simples como no passado, levando os atletas de Wellington até Val de Vie num percurso de 70km com 2000 de acumulado que vai definir quem realmente merece estar no pódio.


5. Preparação da SCOTT Spark RC 900 para a Taça do Mundo

O Campeão do Triple Crown Nino Schurter compete numa das mais leves, rígidas e rápidas no mercados, a Spark RC 900 World Cup. É uma máquina de suspensão total 100% dedicada à competição, criada para ganhar. O quadro rígido e leve e o desenho do mesmo agradava a vários tipos de ciclistas, desde os Elites da Taça do Mundo de XCO, praticantes de maratonas e entusiastas de fim-de-semana. Apesar do aspeto simples, a Spark esconde vários detalhes inteligentes e tecnologicamente inovadores.

O Quadro: O peso referência de 1749g (incluindo amortecedor e hardware) do quadro Spark RC 900 do Nino Schurter é atingido porque utilizamos as mais leves e exclusivas fibras de carbono aliadas ao nosso sofisticado processo de sobreposição de camadas de carbono. O quadro é feito a partir de 752 peças individuais em carbono, todas meticulosamente montadas à mão. Com o sistema Trunnion, o corpo do amortecedor passa a ocupar um espaço entre dois parafusos de suporte que resulta em mais curso com a mesma distância entre olhais. O amortecedor mais curto permite um desenho mais compacto e integrado junto ao tubo de espigão de selim.

A Suspensão: Para uma condução suave, a suspensão Rock Shox SID World Cup Carbon RL3 Charger Black é emparelhada com o amortecedor traseiro com 3 modos via o nosso sistema proprietário de controlo de suspensão Twinloc. A Transmissão: A transmissão SRAM XX1 Eagle 12-velocidades empurra o Nino montanha acima. Os travões Sram Level Ultimate apenas são usados quando tem de parar no pódio. O Nino usa rotores de 160mm à frente e atrás. E normalmente usa uma cremalheira de 38 dentes.

As especificações: A Spark vem equipada com selim, espigão, direção, avanço, guiador e punhos da marca Syncros. O Nino usa um avanço de 90mm com inclinação negativa para manter o guiador bem baixo. O avanço com grau negativo e o guiador com largura relativamente estreita de 680mm, é perfeita para as partidas, por serem muito disputadas, e o avanço maximiza as vantagens da posição agressiva de condução do atleta. Os pedais são Ritchey WCS V6.

As Rodas & Pneus: A DT Swiss fornece as rodas da equipa. O modelo escolhido para a Taça do Mundo de XCO são as superleves XMC 1200 Spline Carbon. A Maxxis disponibiliza os melhores pneus rolantes, e a escolha do Nino recai sobre os Aspen 2.1.


6. Preparação da SCOTT Spark RC 900 para o Cape Epic

À primeira vista, as duas Spark não são muito diferentes uma da outra. Mas existem ligeiras modificações nas afinações. Para o Cape Epic, Nino Schurter prefere colocar menos ar na suspensão, aumentando a sensibilidade aos pequenos impactos, mas com o único senão de poder percorrer o curso todo numa situação de descida técnica. Para eliminar este problema, o atleta usam espaçadores que tornam mais progressivo o curso da suspensão.

Os pneus usam a carcaça mais bem protegida nas laterais e é colocado selante extra para prevenir furos. O Nino Schurter usa mudanças mais pequenas, normalmente pratos 34T ou 36T SRAM Eagle, que lhe dão a variedade que ele precisa. A escolha varia sempre em função do terreno e das condições meteorológicas.


7. Equipamento Adicional da Bicicleta numa Prova por Etapas

Como os atletas competem muito tempo em autonomia, têm de levar as ferramentas e peças que podem fazer a diferença entre terminar ou não a prova. Se não se terminar uma etapa, o atleta não pode competir na etapa seguinte.

Uma peça muito útil que a equipa tem utilizado é a ferramenta de conserto Tubeless Sahmurai S.W.O.R.D.. Encaixam perfeitamente nas extremidades do guiador; são uma tira pré-formada de borracha que é acomodada num potencial furo num pneu que repara o furo que o selante não consegue fechar. Em alternativa às corridas da Taça do Mundo, o Nino usa pneus Maxxis Aspen 29"x2.25 120TPI EXO TR e mete 80ml de selante para melhorar a proteção.

Os atletas da equipa usam medidores de potência ligados aos Garmin, que apesar de adicionar algum peso, permite que saibam qual o esforço exacto que podem dispender, especialmente em etapas longas e de vários dias. A escolha da pedaleira do Nino recai sobre um Sram XX1 Eagle Powermeter 175mm Q-168mm 36T.

A equipa SCOTT-Sram usa elos de corrente Power Link, da SRAM, no caso de uma quebra de corrente. Prende-os links nos elásticos dos suportes Garmin ou com fita adesiva dentro da manete dos travões. O eixo Rock Shox Maxle Ultimate é o melhor eixo no mercado caso o atleta precise de trocar a roda da frente rapidamente. Na roda traseira, a equipa usa o eixo Syncros Thru Axle com ferramenta integrada T25. A câmara de ar sobressalente é colocada dentro de um saco de plástico ou na bolsa do selim. Uma fita americana impermeável é colocada no espigão de selim, caso seja necessária uma reparação rápida.

A Topeak, que apoia a equipa SCOTT-Sram, disponibiliza as grades de bidon em carbono, e a bolsa de selim à prova de água. Também usamos uma bomba Topeak Race Rocket MT, que tem uma ferramenta de válvula.

Um bidon de 700ml é melhor que um de 500ml neste tipo de provas. Uma proteção especial do tubo inferior da bicicleta evita que o quadro se danifique nos difíceis terrenos da África do Sul.


8. Equipamento Adicional do Atleta numa Prova por Etapas

Os atletas da equipa levam consigo uma mini-ferramenta, de baixo peso e que não causa problemas em caso de queda. Também levam um link de corrente no caso de haver uma quebra. Os atletas também levam consigo uma chave torx T25 e uma T30, no caso de terem de apertar algum parafuso. Para encher rapidamente rodas no caso de furo levam cartuchos de Co2, e levam também presilhas de plásticos que podem ser úteis para consertar vários problemas (fivela partida de um sapato, um rasgão no pneu, etc). Com um bocado de embalagem de uma pasta de dentes, uma presilha e algum jeito, evita-se uma desistência por um rasgo no pneu.


9. Típicos Problemas Técnicos numa Prova por Etapas

O problema técnico mais possível de acontecer no Cape Epic é um furo, mas já assistimos a problemas noutras equipas como rodas partidas e mesmo quadros partidos. Os nossos atletas aprenderam a não entrar em pânico e a olhar para cada situação e decidir qual a melhor opção para poderem continuar, mesmo que signifique andar mais devagar para acabar a etapa. Não é nada estranho ver um atleta a trocar as pastilhas de travão durante uma etapa. Esta situação aconteceu ao Nino depois de uma etapa de chuva torrencial durante o Cape Epic.

Preparamos sempre uma caixa com elementos sobressalentes nas zonas técnicas, que contêm rodas extra e todas as peças que mantêm a bicicleta a rolar. Este tipo de potenciais ocorrências tornam este tipo de prova ainda mais apetecido para os atletas da equipa SCOTT-SRAM. Para além das questões físicas, o Cape Epic desafia-nos a outros níveis. No final de cada etapa, a união da equipa é maior e tudo devido a este clima desafiante. Aprendemos uns com os outros, cimentamos amizades, aprendemos a confiar e a criar uma mentalidade de equipa. Não existem atalhos. Preparamos cada detalhes para prevenir todas as situações. As vitórias não surgem por sorte neste nível.


10. Como Vencer uma Corrida por Etapas

Todas as etapas do Cape Epic são diferentes o que torna esta prova mais especial (e mais difícil de prever). O atletas atiram-se para o desconhecido, tudo pode acontecer em qualquer dia. Ao contrário das provas de XCO, os atletas não podem familiarizar-se com o terreno, o que os obriga a estar totalmente focados nas marcações do percurso e esperar todo o tipo de terreno e condições. O manual da corrida torna-se a mais importante ferramenta que os vai ajudar a ganhar uma etapa.

Os atletas que trabalham melhor em conjunto vão ter a melhor comunicação, capacidade de entreajuda, forma de encorajamento e compreensão das capacidades de cada um. Podem ser pequenos sinais verbalizados, linguagem corporal ou posição na bicicleta. Estes detalhes tornam as provas por etapas em algo especial, que embora não sejam disciplinas Olímpicas, podem ser tão recompensantes e tornam a equipa (desde os atletas ao suporte) mentalmente fortes e fisicamente prontas para a época que se avizinha.

Por fim, vencer o Cape Epic, conhecida como a Tour de France do BTT, obviamente obriga a muito mais: à preparação perfeita e à boa forma, à mentalidade forte, e, por último, requere muita paciência e sorte.

O Team Manager da equipa, Thomas Frischknecht, diz: "No ano passado experienciamos uma semana de espírito e paixão SCOTT. A nossa equipa conseguiu competir os 8 dias sem problemas mecânicos - o que foi quase inacreditável. E ter uma equipa técnica por trás é tão importante como ter os melhores atletas a competir.”


Palavras: Yanick Gyger & Nick Craig
Fotos: Jochen Haar, Michal Cerveny
Video : shaperideshoot / Gaetan Rey



SCOTT-SRAM MTB Racing Team

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